quarta-feira, 24 de junho de 2009

MANDUCA DA PRAIA

MANDUCA DA PRAIA.








A capoeira do estado do Rio de Janeiro também teve seu palco, ou seja, teve sua história.

Vamos começar por Manduca da Praia, sabemos que existiram outros, mas minha memória não falha e esse homem foi o melhor capoeira.

Iniciou sua carreira de valentão e destemido por volta de 1850 agredindo touros bravos sobre os quais saltava, possuídos de muita força física e “destro como uma sombra”, Manduca aprendeu a malandragem e a valentia nas ruas de Rio de Janeiro.

Na época em que perigosos capoeiristas como Pedro cobra, Mamede, Quebra coco, Aleixo açougueiro, Bem-te-vi e outros faziam suas leis.

Manduca era pardo claro, alto e desde cedo se destacou no uso de navalha, punhal e de porrete de madeira que era seu companheiro inseparável e dos valentões da época, Manduca também era ágil na aplicação da rasteira na banda, cabeçada, no soco e no rabo de arraia.

Manduca tinha além da capoeira algo mais, que era sua inteligência fria, calculista e implacável aliada a uma sede de poder, de status e dinheiro, tinha uma visão de homem de negócios.

Era a época em que as maltas de Rio de Janeiro como a dos Guiamuns e a dos Nagôas



que aterrorizavam a população carioca, e época que a capoeira era jogada sem instrumento e sem floreio, era uma espécie de briga de rua e era perseguida pela polícia, mas o Manduca não fazia parte de nem uma das maltas existentes na época,dizia que isso atrapalharia os seus negócios, sendo Capoeira por sua conta e risco.

Foi capanga e guarda costas de ilustres políticos e nos esfaqueamentos e nos sarrilhos do momento ninguém lhe disputava a competência.

Nas eleições do bairro de São José ele dava as cartas, fazia o que queria com as cédulas, foi titular de 27 processos por ferimentos leves e graves e sempre foi absolvido pela influência que possuía.

Sua fama cresceu ainda mais pela chegada de um deputado português Santana que gostava de brigas.

Ouvindo falar de Manduca da Praia não tardou em procurá-lo, ao encontrá-lo houve desafio e depois de muito Santana e Manduca foram beber champagne e passaram a ser amigos. Manduca passou a viver só de seus conhecimentos nas altas esferas do poder e da banca de peixe que montou na praça do mercado onde passou a ganhar muito dinheiro, pois Manduca era inteligente e tinha o senso de negócios.

Além disso, cuidava de sua aparência, mesmo já sendo um homem maduro gostava de usar uma barba crescida em ponta grisalha e cor de cobre, ele nunca dispensava o casaco grosso e comprido com uma grande corrente de ouro a qual prendia o relógio, tinha olhos grandes e andava compassadamente desembaraçado.

O manduca fez fama e soube ganhar dinheiro foi temido e respeitado mesmo com idade avançada, a sua presença introduzia temor e confiança, ao mesmo tempo Manduca foi feliz.


MUSICA EM HOMENAGEM A MANDUCA DA PRAIA.


Que barulho é esse é um tal de zum zum zum

Que barulho é esse é um tal de zum zum zum

Foi o Manduca da praia que acabou de matar um

Foi o Manduca da praia que acabou de matar um

Quando a policia chegou foi um tal de auê auê

Quando a policia chegou foi um tal de auê auê

Vamos embora seu moço que essa briga é pra vale

Vamos embora seu moço que essa briga é pra vale



falaremos tambem de um outro herdeiro desta malandragem: O CIRIACO.

A capoeira do Rio de Janeiro não vivia só da fama de arte-marginal.

Identificamos e só assim fica provado que a capoeira sempre foi luta, na época de 1909 a revista “O Malho” de 15 de maio de 1909 divulga o jiu-jitsu contra a capoeira. Ciriaco – O herói – foi vitorioso, o estivador Ciriaco.

O japonês Sada Miako, lecionava no concerto avenida – teatro que era difundido pela Marinha do Brasil.

Esta vitória deu-se no pavilhão internacional de empresa Pascoal Segreto na avenida central hoje chamada de Rio Branco, Ciriaco morreu em 18 de maio de 1912 nesta época no Rio de Janeiro a capoeira não era dominada só por negros, havia brancos que também a praticavam.



CONTATO PARA FILIAÇÕES, CURSOS E PALESTRAS: 098 - 98862 - 2162  OU PELO E-MAIL: mestremilitar@hotmail.com / mestremilitarmaranhao@yahoo.com.br /  https://www.facebook.com/mestremilitar

O MADAME SATÃ

O MADAME SATÃ







Um grande capoeirista que faz parte da história da capoeira do Rio de Janeiro, este não foi diferente de tantos outros que existiam em outros estados exceto alguns de seus comportamentos.


João Francisco dos Santos nasceu em Glória do Goitá, 25 de fevereiro de 1900 — Rio de Janeiro, mais conhecido como Madame Satã, foi um transformista brasileiro, personagem emblemático da vida noturna e marginal do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX.

Criado numa família de dezessete irmãos, João Francisco chegou a ser trocado, quando criança, por uma égua. Jovem, foi para Recife, onde viveu de bicos. Posteriormente, mudou-se para o Rio, indo morar no bairro da Lapa. Analfabeto, o melhor emprego que conseguiu foi o de carregador de marmitas. Mas há quem diga que foi cozinheiro de mão-cheia. Foram fatores de sua marginalização o fato de ser negro, pobre e homossexual.

Dotado de uma índole irônica e extrovertida, ele logo pegou gosto pelo carnaval carioca. Foi assim que, em 1942, ao desfilar no bloco-de-rua Caçador de Veados, surgiu seu apelido. O transformista se apresentou com a fantasia Madame Satã, inspirada em filme homônimo de Cecil B. DeMille.

Era freqüentador assíduo do bairro da Lapa, ( reduto carioca da malandragem e boemia na década de 30 ), onde muitas vezes trabalhou como segurança de casas noturnas. Cuidava que as meretrizes não fossem vítimas de estupro ou de agressão.

João Francisco dos Santos, aprendeu a sobreviver foi no porto carioca, onde aprendeu usar navalha, o jogo de cartas e a capoeira com estivadores negros descendentes de escravos angolanos, dentre eles o seu mestre Gavião companheiro de Edgar e “meia noite”.

ASSIM COMEÇA A FAMA DE MADAME SATÃ!!

As maltas cariocas foram extintas em 1908 à 1910 e os capoeiristas que não foram mortos pela polícia morreram nos presídios. E poucos se safaram deste genocídio, o capoeirista para sobreviver teve que mudar seu estilo de vida, mais novos vadios, malandros capoeiristas surgiram, andavam muitas vezes sozinhos e passaram a não ser mais temidos por sua valentia, zanzavam pelos bares da boêmia portuária morando em cortiços, o vadio não representava ser uma ameaça como no tempo das maltas.
No meio desta boêmia surgiu João Francisco, um negro de 1,90m, pesando quase 100 kg de músculos com cabelos longos alisados, costumava usar camisa de seda, pantalona branca de boca apertada e tamanco (chinelo) de cara de gato.
Sua fama de malandro começou aos 13 anos de idade quando começou a cometer pequenos furtos a favores libidinosos, com marujos europeus o que lhe garantia a entrada em cabarés, botequins e cassinos.
Sempre demonstrava que era um bom capoeirista e sempre estava se envolvendo em brigas.

Foi preso várias vezes. Freqüentemente, Madame Satã enfrentava a polícia, sendo detido por desacato à autoridade. Exímio capoeirista, lutou por diversas vezes contra mais de um policial, geralmente em resposta a insultos que tivessem como alvo mendigos, prostitutas, travestis e negros.

Certo tempo foi convidado para fazer parte do grupo de bailado na figura de transformista “mulata balacochê” no cabaré chamado “cú da mãe” assim foi ficando famoso.
Recebia seus salários com carteira assinada, só assim para sair das brigas e não ser mais alvo de batidas policiais.

Mais como nós só somos tentados naquilo que gostamos certo dia Madame Satã deparou-se com o malandro que trabalhava de vigilante que era conhecido como Alberto 28, que com certeza por despeito para mostrar serviço na zona, começou lhe deferir palavras como: veado, marginal, puto e etc. Madame Satã evitando, fingiu que não ouvia, mas Alberto queria mesmo era confusão e lhe aplicou uma coronhada que João cambaleou.

Após esse episódio João Francisco se dirigiu para seu quarto na pensão em que morava doido de ódio. No momento não revidou por pensar na oportunidade que todos lhe deram: a polícia, a sociedade como um todo e segurou a onda.

Mais ao chegar em seu quarto deparou-se com seu espelho e viu seu rosto todo ensagüetado, colocou um revólver 38 na cintura e foi atrás do Alberto 28 ao encontra-lo, não conversou e acabou com a vida do mesmo com um tiro na testa.
Sabe-se que esta foi a finalização da carreira de Madame Satã, foi preso e encaminhado para o Instituto Penal Cândido Mendes localizado na praia de Dois Irmãos na Ilha Grande Litoral do Rio de Janeiro, Angra dos Reis, foi construída em 1940 para lá foram mandados muitos presos políticos, desordeiros capoeiristas e criminosos perigosos.
Foi condenado a 19 anos de reclusão, mais lá dentro da penitenciária tornou-se respeitado, no fim de sua sentença não lhe restou outra oportunidade, já em idade avançada foi morar em um quarto de cortiço em total miséria. João Francisco homem valente derrubou vários vadios de sua época com sua canhota, sua navalha, suas bandas e rasteiras.
Como ficou registrado ele também teria matado com um soco na nuca o sambista Geraldo Pereira que aparentemente tinha sua estatura.


O rei da malandragem o João Francisco (Madame Satã) morreu no dia 11 de abril de 1976 onde morava, por enfarte do miocárdio.



CONTATO PARA FILIAÇÕES, CURSOS E PALESTRAS: 098 - 98862 - 2162  OU PELO E-MAIL: mestremilitar@hotmail.com / mestremilitarmaranhao@yahoo.com.br /  https://www.facebook.com/mestremilitar

O QUILOMBO DE PALMARES








O QUILOMBO DE PALMARES.

O Brasil A partir do século XVI foi palco de uma das maiores violências contra um povo. Milhares de negros foram trazidos da África, Angola e Nigéria pelos colonizadores portugueses para serem escravos nas lavouras de cana-de-açúcar, cruzaram o oceano como animais em grandes navios negreiros. Pernambuco, Bahia, Espirito Santo,Rio de Janeiro e Maranhão foram os portos finais da maior parte desse tráfico. Ao contrário do que muitos pensam os negros não aceitaram pacificamente o cativeiro. Registramos em toda história brasileira episódios onde os escravos se rebelaram contra a humilhante situação em que viviam, e o resultado dessa resistência foi a criação de quilombos, comunidades organizadas pelos negros fugitivos em locais de difícil acesso com o objetivo de fugir da agressão que sofriam todos os dias.
Dentre vários quilombos existentes no Brasil falaremos de um que foi o símbolo da resistência à escravidão. Só foi registrada sua existência nas últimas décadas do século XVI, Quilombo de Palmares e seu rei Zumbi.
O Quilombo de Palmares fica localizado na Serra da Barriga área entre Alagoas e Pernambuco, hoje estado de Alagoas. No começo o Quilombo de Palmares (cujo nome vem pelo fato da localidade ser composta de muitas palmeiras, sua comunidade também era denominada de palmarinos) tinha sua comunidade formada de escravos em sua malhoria de origem angolana, fugidos das fazendas de cana-de-açúcar da região, após 100 anos de existência do Quilombo, índios, brancos marginalizados e desertores (fugitivos da sociedade escravista) juntaram-se à população negra.
Quilombo de Palmares era um povoado grande para os padrões da época, o Quilombo abrigava cerca de 30 mil habitantes e incluía nove aldeias chamadas de Mocambos (que significava “esconderijo” no dialeto banto falado pelos negros). Apesar da aura utopia o Quilombo tinha pouco de sociedade alternativa, pelo contrário, a palavra Kilombo em banto quer dizer algo como “sociedade guerreira” com rigorosa disciplina, onde havia até pena de morte para adultério, roubo e deserção, toda a lavoura e colheita eram feitas em regime de mutirão onde era dividido tudo que se colhia.
Quilombo de Palmares como era uma sociedade organizada e era comandada por um rei o título de Gangazumba (grande chefe) e também um conselho composto pelos chefes dos vários mocambos.
A existência do Quilombo estimulava as fugas de escravos por isso os fazendeiros da região reuniram várias mílicias para atacar Palmares durante todo o século XVII.
Diante de muitos conflitos e a morte de quase toda sua família, Gangazumba aceitou um acordo de paz com os brancos em 1678. Gangazumba assinou o acordo pensando na melhoria de vida e o fim da escravidão e perseguição.
Mas alguns palmarinos não concordavam com a idéia assim como seu sobrinho Zumbi. Gangazumba resolveu ir embora com os que concordaram com ele, com o passar do tempo esses mesmos negros enfurecidos assassinaram Gangazumba dando-lhe vinho envenenado, após dois anos assumiu o seu lugar de rei o seu sobrinho Zumbi e os negros que mataram Gangazumba passaram a integrar seu exército, a palavra Zumbi em banto é uma derivação da palavra deus, ou seja, só depois da morte de Gangazumba que Francisco obteve o nome de Zumbi.



O REI ZUMBI, O GUERREIRO DE PALMARES !!






Zumbi nasceu em 1655, filho de Sabina e tinha como sua avó a PRINCESA NEGRA( Aqualtune) que chegou como escrava no Brasil em 1597 e no mesmo ano fugio e com outros negro criaram Palmares.
Aqualtune teve varios que se tornaram chefes de Mocanbos: GANGA ZUMBA , GANFA ZONA E SABINA mãe de ZUMBI.
ZUMBI ainda recém-nascido foi capturado por um soldado da expedição comandada por Bráz da Rocha Cardoso, ele foi dado a um padre chamado Antônio Melo do Distrito de Porto Calvo que o batizou de Francisco e o ensinou o português, matematica, latim e religião fazendo dele o seu coroinha, fugindo aos 15 anos de idade de volta a Palmares, Zumbi dedicou-se a guerra e assaltar fazendas e aos 19 anos tornou-se chefe de mocanbos.
e por ser muito inteligente demais tomou a confiaça de todos e foi nomeado a comandante das armas por Ganga Zumba.
Porem nas lutas travadas em 1974, Zumbi surgiu como um grande e valente guerreiro, nesse combate ele levou 02 tiros os quais os deixaram coxo, mais memo assim continuava a combater com muita corragem.
Seu nome começou a virar lenda. E logo após a morte de Ganga Zumba e o acordo de Paz que ele assinou com o Governo de Pernambuco na pessoa do Srº- Pedro de Almeida que dizia que os Palmarinos ou seja os negros, indios e todos nascidos em Palmares se tornariam livres, e os fugitivos seriam entregues a seus donos.
Zumbi tornou-se Rei e não aceitou, por quer pra ele não se tratava de viver livre e sim de libertar os que ainda se encontravam escravos.
O Rei de Portugal até se meteu na briga por duas vezes, espalhando varios editais por todas as vilas vizinhas a Palmares, sabendo que iria chegar a Zumbi. os editais diziam assim: que o Rei zumbi poderia morar onde quiser, era só parar de lutar contra a escravidão, por quer tem que ter escravo, sem escravos não tem açucar, sem açucar não tem Brasil e sem Brasil não tem Portugal.
Mas Zumbi pensava diferente e sua resposta ao Rei de Portugal foi: pode ter açucar sem escravos, pode ter Brasil sem açucar e Portugal que se vire.


Não tendo acordo por parte de Zumbi em 1694, os portugueses decidiram acabar com o Quilombo de Palmares que mesmo com seu sofisticado sistema de paliçadas e fossas repletas de paus pontiagudos não resistiu às três últimas investidas da expedição comandada pelo paulista Domingos Jorge Velho que teve como promessa tomar as terras de Palmares, caso conseguisse derrotar Zumbi. No dia 07 de Fevereiro de 1694, só avia mortos e feridos em Palmares, e Zumbi mesmo ferido com um tiro consegui fugir para a mata.
Depois de quase um anos refugiado em uma caverna na mata, um de seus homens de confiança ao ser capturado pelos invasores revelou sob tortura onde era o esconderijo de Zumbi.
Em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi capturado por mais de 20 homens e morto com dois tiros a queima roupa disparados por Domingos Jorge Velho





Na época Zumbi tinha 40 anos e teve a sua cabeça cortada e pendurada por Andre Furtado de Mendonça em um pau exposto em praça pública da Vila do Recife como símbolo do fim da rebeldia dos negros.

Com o fim oficial da escravidão em 1888 outros motivos passaram a alimentar a lembrança de Palmares, e de outro Quilombos existentes em todo o Brasil. Assim como as Revoltas que ocorreram: A Sabinada, A Guerra dos Farapos, A Balaiada que ocorreu no Estado do Maranhão e muitas outras, que hoje tornaram-se elementos históricos fundamentais para os negros e o símbolo da luta contra o racismo, a discriminação e a pobreza.

Este documentário é só para alertar o Capoeira para o estudo aprofundado nas histórias contadas, relacionando a Capoeira a Zumbi que mesmo não sendo Capoeirista deu sua parcela, junto á outros em Estados,Data e Situações diferentes para a construção de nossa Historia e é claro que não deixarei de agradecer á esses homens e mulheres que atraves de suas memorias é Fortalecida a nossa Arte.



A MINHA OPNIÃO: 

Desde 1994 quando comecei um trabalho voltado para a profissionalização da capoeira tenho levantado a tese de que Zumbi nunca foi capoeirista (isto não passa de lenda). Hoje estou muito mais fortalecido por Esdras Magalhães Santos (Mestre Damião) trabalhar a mesma linha de pensamento que eu tenho.

ZUMBI MORREU NO DIA 20 DE NOVEMBRO DE 1695, E PARA TIRAR QUAL QUER DUVIDA EM 1971 ALGUNS ATIVISTAS DO GRUPO PALMARES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, CONCLUIRAM QUE A MORTE DE ZUMBI, OCORREU MESMO NO DIA 20 DE NOVEMBRO DE 1965.
E SÓ NO ANO DE 1978 , O MOVIMENTO NEGRO INCORPOROU O DIA 20 DE NOVEMBRO COMO CELEBRAÇÃO NACIONAL ( O DIA NACIONAL DA CONCIENCIA NEGRA ).



CONTATO PARA FILIAÇÕES, CURSOS E PALESTRAS: 098 - 98862 - 2162  OU PELO E-MAIL: mestremilitar@hotmail.com / mestremilitarmaranhao@yahoo.com.br /  https://www.facebook.com/mestremilitar

A ORIGEM DA NOSSA CAPOEIRA




A ORIGEM DA NOSSO ARTE CAPOEIRA.












Sabemos com certeza que a capoeira nasceu em terras brasileiras, mas seu embrião é africano, ou seja, a capoeira foi criada no Brasil em ânsia de liberdade pelos negros africanos que aqui viviam em regime de Escravidão.

O Ritual da luta das Zebras, o N´GOLO e de origem africana e era praticada pelos jovens guerreiros MUCUPES, do sul de Agola.
esse ritual era execultado durante a EFUNDULA ou EFUNDADA, a festa da pruberdade ou seja quando as meninas da tribu, passavam para a condição de mulhar.
Na luta o guerreiro que mais se destacasse poderia escolher sua noiva, sem precisar pagar o dote ao pai da moça.
Essa luta ao chegar no Brasil, sofreu suas transformaçõe. Pois os tempos e as nessecidades eram outras, o negro tinha que lutar conta o senhores de engenhos e feitores das senzalas.

O nome “CAPOEIRA” deu-se pelo motivo dos escravos ao fugirem para a mata cujo nome CAU-POERA. Os senhores mandavam os capitões – do – mato em busca dos escravos, onde os mesmos os atacavam usando os pés, mãos e cabeçada, dando-lhes surras e muitas das vezes matando-os, porém os que sobreviviam voltavam indignados. Então os senhores perguntavam: “Cadê os negros?” e a resposta era: “Nos venceram na cau-poera” mais se referindo ao local (mata – mato improdutivo) onde foram vencidos. Com o tempo essa pronucia foi melhorando ai deu-se o nome da luta que o negro aprenderá de Capoeira.
A capoeira no meio das matas era praticada como luta mortal pelos negros fugidos.

Já os negros nas senzalas a praticavam-na como brinquedo inofensivo, pois ela estava sendo feita por baixo dos olhos do senhor de engenho e dos capitães-do-mato, dando a ela o naquele momento carater de dança, pois ela precisava sobreviver, e logo se transformaria em luta de resistência.








Com as fugas em massa das fazendas, a capoeira se firmava como arma de defesa no meio das grandes matas onde situavam-se os quilombos. Em 1888 a lei Áurea aboliu a escravidão no Brasil. Os negros mesmo assim ainda matavam e roubavam, foram libertos mais não existia emprego e os que não se sujeitaram a voltar para as senzalas para continuar sendo escravos, passaram a cometer delitos para sobreviverem, alguns foram recrutados por partidos politicos pra fraudarem eleições e criarem badernas e comicios, isso ocorreu com mais força nas cidades dos grandes portos como Rio de Janeiro.
Continuando a escravidão em 11 de outubro de 1890 baixou um decreto lei, sobre a imigração que só autorizava a entrada de africanos e asiáticos no país, mediante permissão do congresso nacional.

E com o surgimento das Malta e o crescimento da violência e crimes envolvendo as Maltas do Rio de Janeiro. Cria-se o Decreto lei n°487 de autoria do Sr. Sampaio Ferraz prevendo de 02 a 06 meses de trabalho forçado na ilha de Fernando de Noronha, os Capoeiristas que fossem encontrados fazendo qual quer tipo de atividade corporal.
No artigo 402 que tratava dos vadios capoeiras lia assim: “fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal conhecida pela denominação de capoeiragem, andar em correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, provocando tumulto ou desordens, ameaçando pessoas certas ou incertas, ou incutindo temor de algum mal”.
Pena-prisão celular de 02 a 06 meses.
Parágrafo único: É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira a algum bando ou malta, aos chefes ou cabeças se imporá à pena em dobro.
Com isso muitos negros e brancos capoeiristas mesmo sem motivo foram presos e peseguidos pela tal lei. como o Jose Elisio dos Reis ( O Juca Reis ), filho do Conde de Matosinho e dono do Jornal O PAIS.

Mas mesmo antes da existência do código penal nos anos de 1889 e 1890 muitos capoeiristas foram presos por vadiagem e baderna. Esta perseguição durou por todo seculo XIX, e mesmo assim a capoeira sobreviveu e mais tarde transformou-se em arte e cultura popular brasileira e com isso e claro através de muitos ex-escravos que surgiram grandes mestres e amantes da capoeira como: Besouro Mangangá, Madame satã, Manduca da Praia, Siriaco, Waldemar da Paixão, Totonho de Maré, Cobrinha Verde, Canjiquinha, Caiçara Nagé, Traíra, Pedro Mineiro, Porreta, Sete Morte, Vicente Ferreira Pastinha,e muitos outros no Brasil á fora.


É claro que não podemos esquecer quem deu a contribuição maior: Manoel dos Reis Machado, O MESTRE BIMBA, que mais tarde criaria a capoeira regional dando novamente a Capoeira o caráter de luta que sempre foi e sempre será.





CONTATO PARA FILIAÇÕES, CURSOS E PALESTRAS: 098 - 98862 - 2162  OU PELO E-MAIL: mestremilitar@hotmail.com / mestremilitarmaranhao@yahoo.com.br /  https://www.facebook.com/mestremilitar

terça-feira, 23 de junho de 2009

NOSSO GRANDE MESTRE MILITAR










































O NOSSO MESTRE MILITAR



Carlos Adalberto Almeida Costa nascido em 19 de maio de 1971 em Cândido Mendes – MA, iniciou na Capoeira em 1982 com 11 anos de idade com o Mestre Neguinho no Grupo de Capoeira Angolano na escola de dança Pró-Dança que era localizada na Rua 13 de maio no Centro. Onde treinou como bolsista por 4 anos, pois não tinha como
pagar por seus pais não gostarem da capoeira, muitas vezes até fugia de casa para participar de algumas rodas, nestas pequenas fugas de casa conheceu vários capoeiristas e passou a ter contato com o Mestre Coquinho que hoje faz parte do quadro de Mestres do Grupo “K” de capoeira.
Na época o Mestre Coquinho lecionava na extinta FEBEM localizada na Fonte do Bispo na Madre Deus no Centro, Mestre Neguinho nunca soube disso.

O Mestre Militar também participou de várias Mostras como: a 1ª Mostra de Capoeira do Centro de Cultura Negra do Maranhão - CCN.  E de Campeonatos como o 1º Inter - Bairro realizado pela Associação de Capoeira Aruandê de Mestre Pirrita e Aruanda do Mestre Jorge Navalha em março de 1988







Teve sua Participação no XV Jem’s de 1987, no governo de Cafeteira, atraves do Profº de ed. fisica da Escola São Lazaro, a qual o Mestre militar estudava na epoca. Sua participação lhe redeu a 1ª colocação.
Logo após Militar passou a fez parte do Grupo de Capoeira Quilombo dos Palmares do Centro de Cultura Negra que era composto por Evandro ( hoje Mestre do Grupo Mara Brasil ), Militar, Nijon, Manoel, Mizinho ( hoje Mestre Mizinho do grupo Arte Maranhão ), Careca, Wilson, Assis e outros, por falta de organização Mestre Militar após 1 Ano e Meio, resolveu sair e passou a treinar com o Mestre Roberto



conhecido como mestre Jacaré que lecionava em uma academia de karatê que era localizada na Rua 18 de novembro, no bairro da Camboa até o ano de 1990.
Em 1991, deu formação ao grupo Nagoas que era sediado provisoriamente na Associação de Moradores na rua da Brasília - Bairro da Liberdade, este grupo tinha em sua formação muitos bons capoeiristas, oriundo de outros grupo como: Careca, Juricabra, Abacate, Cudinho, Mata rato, Daniel, Wilson, Junior de Assis, Cabecinha ( hoje contra-mestre do Grupo Liberdade Negra ), e o Cacá (hoje contra-mestre do Grupo Ludovicense) entre outros.
Apesar de bons capoeiristas fazerem parte do grupo na época e o Mestre militar ficar conhecido, muitas vezes seus participantes se envolverem em confusões só para ter o prazer de testar seus golpes, mas essa atitude rendeu a muitos do grupo inclusive ao Mestre Militar a fama de desordeiro.
O Mestre Militar ao se conscientizar disso viu que a educação que seus pais e algumas pessoas lhe passaram, estava sendo manchada por atos involuntários, apenas pela empolgação da arte e copiando o que costumava ver outros capoeiristas fazendo, muitas vezes acabavam com rodas de outros grupos, o Mestre Militar viu que para ser um bom capoeira não precisaria de má fama e sim ser um bom educador. Em 1994 Mestre Militar deixou de compor o grupo Nagoas e no mesmo ano deu formação ao Grupo “K” de Capoeira com o objetivo de Resgate e Profissionalização da Capoeira em nosso estado. Ele criou o Projeto Capoeira na Escola,Projeto Curumim,Projeto Capoeira na Praça, com objetivo de educar e socializar Crianças e Jovens em situação de risco.
Tambem criou o Projeto Capoeira para Turista Ver, que tem a finalidade de ultrapassar barreiras Internacionais fazemdo apresentações em Hoteis, em periodo de visitação Turisticas com objetivo da valorização da Arte Capoeira praticada no Maranhão.
No Ano de 1998 formou-se Contra-Mestre pela Associação de Apoio à Capoeira.


Associação dirigida por Antonio Alberto Carvalho (Mestre Paturi)






. a partir daí o mestre Militar passou a fazer viagens para ter contato com outros capoeiristas e nessas viagens resolveu conhecer Salvador no ano 2000 onde teve contato com bons Capoeiristas e Mestres como: Neco, Boca Rica, Lua hasta, Cebolinha, Nenel (filho de Bimba), Cafuné e muitos outros alunos de Bimba que compõem a Fundação Mestre Bimba. Também conheceu o Sr. Reinaldo Santana (O Mestre Bigodinho). que foi aluno do Mestre Waldemar da Paixão.







O Mestre Militar formou-se a Mestre com O Mestre Bigodinho.



Hoje mestre Militar em todos os lugares que paassa, divulga não só o seu trabalho mais também o nome de seu Mestre Bigodinho.
















O Mestre Militar foi o unico Mestre de Capoeira a repetir a mesma façanha de Mestre Bimba.



Em 07 de Setembro de 2006, Desfiluo junto as Forças Armadas e apresentou-se com seu Grupo ao governador José Reinaldo e Milhares de Pessoas.




Ele já tinha feito isso em outros anos pelas escolas que trabalha, realizando seus projetos Sociais como: O Projeto Capoeira Na Escola e O Projeto Curumim.





O Mestre Militar, Baseado em feitos do Mestre Bimba e aprimorando seus ensinamentos, consegue tirar de cada exemplo deixado por Bimba o melhor proveito para si próprio e para Capoeira.






















O Mestre Militar é Reconhecido a Mestre e Filiado desde 2003 pela Federação de Capoeira do Rio de Janeiro (FCERJ).

















E a pela Federação Nacional de Capoeira do Brasil (FNC do BR).


















O Mestre tambem é Profissional de Educação Fisica reconhecido pelo Consselho Federal e Estadual de E.D. Fisica CONFEF e CREF-05 RG:000479 - P/MA



CONTATO PARA FILIAÇÕES, CURSOS E PALESTRAS: 098 - 98862 - 2162  OU PELO E-MAIL: mestremilitar@hotmail.com / mestremilitarmaranhao@yahoo.com.br /  https://www.facebook.com/mestremilitar

NOSSO UNIFORME E SISTEMA OFICIAL DE GRADUAÇÃO

A NOMENCLATURA OFICIAL DO CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO ARTE ANCESTRAL CAPOEIRA



UNIFORMES:



O UNIFORME DE RODA: ABADÁ (CALÇA DE HELANCA) BRANCA (BRASÃO BORDADO) E CAMISA / CAMISETA BRANCA (COM BRASÃO FRENTE E VERSO PINTADO)

UNIFORME DE COMPETIÇÃO: ABADÁ BRANCO E CAMISA BRANCA.







_____________________________________________




O NOSSO SISTEMA OFICIAL DE GRADUAÇÃO É BASEADO NA NATUREZA, SUAS RIQUEZAS NATURAIS E SEUS MINERAIS.


GRADUAÇÃO ADULTO. 

GRADUAÇÕES A PARTIR DOS 16 ANOS 




ALUNOS INICIANTES:

1ª INICIANTE – CRUA-  preparação e o cultivo da terra.
2ª BATIZADO - VERDE - O renascimento, a esperança (A mata).
3ª INTERMEDIARIO - AMARELA - O ouro, o fortalecimento.


GRADUADOS:

4ª GRADUADO 1º ANO - AZUL -  O mar onde o capoeirista passará a aprender que a capoeira mesmo na sua mansidão pode ser violenta como as ondas do mar.
5ª GRADUADO 2º ANO - AZUL E VERDE - Transformação.
6ª GRADUADO 3º ANO - AZUL E VERMELHA - Transformação.


GRADUADOS ESPECIAIS:


8ª MONITOR -  A preciosidade da ametista que simboliza a energia.
9ª INSTRUTOR 1º ANO -  MARROM - A madeira pronta para ser consumida em todo seu potêncial.
10ª INSTRUTOR 2º ANO - VERDE E BRANCA - xxxxxxxxxxxxxxxxx


PROFESSORES:

11ª PROFESSOR 1º ANO – ROXA E VERDE
12ª PROFESSOR 2º ANO - ROXA E AZUL
13ª PROFESSOR 3º ANO - ROXA E VERMELHA


MESTRANDOS:


14ª MESTRANDO 1º ANO – MARROM E BRANCA
15ª MESTRANDO 2º ANO - MARROM E ROXA
16ª MESTRANDO 3º ANO -  MARROM E VERMELHA


MESTRES:

17ª MESTRE 1º GRAU – VERMELHA– Representa o primeiro contato com a maestria. Representa o sacrifício.

18ª MESTRE 2 GRAU – VERMELHA E BRANCA – Nessa graduação o capoeirista está no auge do seu potencial com sabedoria, honestidade e imparcialidade
Congrega os ideais do CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO ARTE ANCESTRAL CAPOEIRA. 

19ª MESTRE 3º e 4º GRAU – BRANCA -  Representa a pureza e simboliza o diamante, um dos mais resistentes minerais e através dele está representada a sabedoria, a paciência, a humildade e lealdade, mantendo a filosofia, a tradição e os fundamentos conduzindo o destino do CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO ARTE ANCESTRAL CAPOEIRA.  

CORDA PARA ESTÁGIO:

ESTAGIÁRIO - LARANJA - Esta corda usamos em nosso Grupo para Capoeiristas que sejam Graduados á Professores vindos de outros grupos que queiram fazer parte do Cento Cultural e Esportivo Arte Ancestral Capoeira.  O Estágio servira para que o capoeirista possa se adequar as normas e sistema de ensino do nosso Grupo. A mesma possui um valor a ser pago assim como todas as cordas do nosso Sistema de Graduação



OBS: TODOS OS ALUNOS AO SE MATRICULAREM EM SEU UNIFORME, JÁ SERA INCLUSO O VALOR DA CORDA CRUA DE INICIANTE.  



_____________________________________________








GRADUAÇÃO INFANTIL



GRADUAÇÃO A PARTIR DOS 05 ANOS




 NESTE SISTEMA O ALUNO NÃO SERÁ AVALIADO POR SUA IDADE. SIM PELO TEMPO E PELO CONHECIMENTO QUE ADQUIRIU. AO CHEGAR NO ULTIMO ESTAGIO MIRIM. SERÁ AVALIADO PELO SEU PROFESSOR E PASSARÁ A USAR O SISTEMA ADULTO.




1ª INICIANTE - CRUA
2ª BATIZADO - MARROM E VERDE
3ª FASE - MARROM E AMARELA
4ª FASE - AMARELA E CRUA 
5ª FASE - LARANJA E CRUA 
6ª FASE - VERDE E AMARELA
7ª FASE - LARANJA E AMARELA
8ª FASE - AZUL E AMARELA
9ª FASE - AZUL E CRUA




OBS: TODOS OS ALUNOS AO SE MATRICULAREM EM SEU UNIFORME, JÁ SERA INCLUSO O VALOR DA CORDA CRUA DE INICIANTE.  




CONTATO PARA FILIAÇÕES, CURSOS E PALESTRAS: 098 - 98862 - 2162   OU PELO E-MAIL: mestremilitar@hotmail.com / mestremilitarmaranhao@yahoo.com.br /  https://www.facebook.com/mestremilitar

NOSSO GRÃ MESTRE BIGODINHO SALVADOR - BA

REINALDO SANTANA - O MESTRE BIGODINHO







Foi aluno do grandioso Mestre Waldemar Rodrigues da Paixão (Waldemar da Liberdade). Reinaldo Santana nascido em 13 de setembro de 1943 na cidade de Santo Amaro – BA iniciou a capoeira com o mestre Waldemar em 1950 com 17 anos de idade convivendo com seu mestre até os anos 70. Mestre Bigodinho foi responsável pela chamada roda da resistência que era executada no terreiro de Jesus, aonde por ser grande a repressão na época muitos capoeiristas deixaram de participar e o mestre Bigodinho como protesto passou a deixar um berimbau armado estendido em uma árvore na praça e nesta mesma época afastou-se das rodas de capoeira retornando só em 1990 com ajuda de seu grande amido Lua Rasta e com a força de Deus mestre Bigodinho voltou para o convívio das rodas de capoeira mostrando todo seu conhecimento de um grande mestre. Só após o seu amigo mestre Lua Rasta tê-lo introduzido novamente nas rodas de capoeira e fazer com que o mesmo fosse reconhecido. Logo após o mestre Bigodinho foi convidado para fazer parte do quadro de mestres da Associação Brasileira de Capoeira angola (ABCA).





Hoje o Mestre Bigodinho Não tá mais entre nós. Mais sabemos que ele está nos mandando aquele axé!!!

Quem desejar entrar em contato com a Familia do mestre Bigodinho para saber mais sobre a sua história ou adquirir Material como CD e DVD, entre em contato pelo Contato: 071 - 8809 0989 / 8288 0085 - Marilia / 071 - 8803 4633 - Cleber.




__________________________________________________





CONTATO PARA FILIAÇÕES, CURSOS E PALESTRAS: 098 - 98862 - 2162  OU PELO E-MAIL: mestremilitar@hotmail.com / mestremilitarmaranhao@yahoo.com.br /  https://www.facebook.com/mestremilitar
OS GRANDES MESTRES QUE ESCREVERAM E ESCREVEM A HISTORIA DA NOSSA CAPOEIRA.



O GRANDE MESTRE BIMBA







MESTRE BIMBA - Manoel dos Reis Machado nascido em 23 de Novembro de 1900 no bairro do Engenho Velho freguesia de Brotas, em Salvador, Bahia, filho de Luís Cândido Machado e de dona Maria Martinha do Bonfim que era descendente de negros escravos radicados em Cachoeirade São Félix no Recôncavo Baiano.
Seu apelido Bimba ele ganhou logo que nasceu em virtude de uma aposta feita por sua mãe e a parteira que o “aparou”, pois dona Martinha dizia ser uma menina e a parteira dizia ser um menino, no entanto, ganhou a parteira e o Manoel recém-nascido ganhou o apelido de Bimba por ser este o nome popular dado ao órgão sexual do homem na Bahia.
Mas não sabia o menino que esse nome o acompanharia por toda a sua vida. Bimba era o filho mais novo da família.Foi o único a práticar capoeira com 12 anos, tendo por mestre o negro africano chamado de Bentinho que era capitão da companhia de navegação baiana.
Tinha suas aulas na estrada da boiada hoje conhecida como bairro da Liberdade em Salvador.
Seu aprendizado com Bentinho durou cerca de quatro anos e após esse período passou a ensinar o que aprendeu. Lecionava capoeira angola na Capitania dos Portos da Bahia. Passando-se dez anos Bimba começou a sentir que a “capoeira angola” tinha se modificado deixando de ser luta, se degenerou e passou a servir de “prato do dia” para “pseudo-capoeira”, que passaram a utilizá-la unicamente para exibições em praças e etc. E pela existência de um número reduzido de golpes em termos de luta deixava a desejar.
Aí então Bimba juntou os conhecimentos da capoeira angola com o batuque repassado pelo seu pai o velho Luís Cândido Machado que era muito citado nas festas do largo como campeão de batuque e criou a então chamada luta regional baiana, por ser praticada só na região de Salvador.
Assim foi denominada a luta criada por Bimba que era um negro forte não só corporalmente mais de personalidade e possuidor de grande inteligência.
Demonstrou isso não só na criação da Capoeira Regional, mas também na criação de uma metodologia de ensino que até então não existia na capoeira.
Demonstrava também sua inteligência mostrando a força de sua criação que muitas vezes fora contestada. Desafiou muitos praticantes de outras lutas até mesmo capoeiristas da época e sempre saiu vencedor.
Fez muitas apresentações com seus alunos para muitas autoridades. Com o objetivo de ser valorizado junto à sua Capoeira Regional.
Fez apresentações até no palácio do governo em Salvador que na época tinha como interventor o Sr. Juracy Magalhães, esta apresentação tinha como convidado o presidente da república Getúlio Vargas.







Que ao apertar a mão do Mestre Bimba disse: “A Capoeira é o único Esporte Verdadeiramente Nacional”.
E é claro com este ato nobre do Presidente Vargas, não só a Capoeira mais todas as manifestações Culturais e Religiosas que desde o governo de Dom João VI, eram proibidas e só no governo de Getulio,passaram a ser praticadas sem perseguição policial.
Todo o esforço que Mestre Bimba teve lhe rendeu um diploma de instrutor de educação física, outorgado pelo prof.: Gustavo Capanema que na época era ministro da educação.
Foi assim que Mestre Bimba e seus alunos fizeram com que o povo tomasse conhecimento da sua capoeira regional. E com promessas falsas. Bimba foi para Goiânia em 1973 com sua mulher Nair Lopes dos Santos e 6 de seus 10 filhos, onde passou muitas dificuldades financeiras e logo sofreu um derrame e no dia 04 de Fevereiro de 1974 veio a falecer no Hospital das Clínicas de Goiânia.

Mestre Bimba foi carvoeiro, trapicheiro, carpinteiro, estivador profissão que exerceu até os 27 anos, mas foi principalmente um Grande Mestre de Capoeira.

Mais acima de tudo ele foi e é um Grande Mestre de Capoeira e a chama de sua existência estará sempre acesas no coração e na mente de todos os Capoeiristas Regionais, recebendo assim o reconhecimento de várias gerações e a consagração de sua genialidade e da sua mais conhecida criação: “A CAPOEIRA REGIONAL”

O MESTRE BIMBA NA VERDADE FOI E É O GRANDE RESPONSAVEL POR COLOCAR A CAPOEIRA EM GERAL NO CENARIO NACIONAL E MUNDIAL.
__________________________________________________




O MESTRE PASTINHA








Vicente Ferreira Pastinha nasceu no dia 05 de abril de 1889, filho do espanhol José Senor Pastinha e dona Maria Eugênia Ferreira, seu pai era um comerciante dono de um pequeno armazém no centro histórico de Salvador e sua mãe, com a qual teve pouco contato era uma negra natural de Santo Amaro da Purificação que vivia de lavar roupas e vender acarajé.
Pastinha conheceu a arte da capoeira com 10 anos de idade através de um negro a quem chamava de tio Benedito, que ao ver Pastinha, um menino pequeno e magrelo apanhar de um garoto mais velho resolveu ensinar-lhe a arte da capoeira, passava tardes inteiras treinando em um velho sobrado da rua do tijolo em Salvador. Um ano após Pastinha foi até forra e tirou vantagem sobre o menino que depois da surra tornou-se seu amigo.
Pastinha teve uma infância feliz, porém modesta, durante as manhãs freqüentava aulas no Liceu de Artes e Ofício onde também aprendeu pintura, a tarde empinava arraia e jogava capoeira. Com 12 anos era o mais respeitado e temido do bairro. Em 1902 foi matriculado por seu pai na escola de aprendizes de marinheiro que não concordava com a prática da capoeira, pois achava que vadiagem, lá conheceu os segredos do mar e ensinou capoeira aos amigos que conquistou, em 1910 pediu baixa.
De 1910 à 1920 Pastinha para se manter tomava conta de uma casa de jogos que para manter a ordem não largava seu facaozinho de doze polegadas que era amolado dos dois lados, também exerceu a profissão de engraxate, vendia jornal (gazeta) também ajudou na construção do porto de Salvador, neste mesmo período dedicou-se a pintura, a treinar e ensinar capoeira as escondidas, pois nesta época a capoeira era proibida por lei, Pastinha lecionou só de 1912 á 1913.
Mas teve outra causa para que Pastinha abandonasse a capoeira em 1913, a perseguição na época não era só da polícia, mas também dos valentões os quais Pastinha botou a culpa por seu afastamento até 1941 que era o Estevinho, Duquinha, Feliciano e Bigode de seda que foram grandes capoeiristas da época e que contestavam o conhecimento de Pastinha.
Em 1941 a volta de Pastinha à capoeira deu-se pela mão de Aberrê que dizem ter sido seu aluno, o mesmo o levou para apresentar-lhe ao grupo de capoeiristas que se reunia na gengibira, ou seja, embrião do Centro Esportivo de Capoeira Angola que era comandado pelo guarda civil Amorzinho que veio a falecer mais tarde.






No dia 23 de fevereiro de 1944 pastinha assumiu o Centro Esportivo de Capoeira Angola CECA instalado no largo do Pelourinho n°19, e no ano de 1971, Pastinha quase cego foi retirado do espaço com a promessa de reforma e que voltaria quando estivesse pronto, era só conversa, o prédio foi doado para o Patrimônio Histórico da Fundação do Pelourinho que o vendeu para o Senac que construiu o restaurante escola. Pastinha entrou em depressão e em 1979 sofreu o 2° derrame cerebral e após um ano internado no Hospital Público foi enviado para o abrigo público D. Pedro II, onde em 13 de novembro de 1981 veio a falecer.
Hoje é reverenciado internacionalmente como Patrimônio da Cultura afro-brasileira.

________________________________________________



O MESTRE COBRINHA VERDE








Rafael Alves França, mandingueiro respeitadíssimo no seu percurso por este mundo de meu Deus. Nasceu em Santo Amaro da Purificação (BA). Com 4 anos de idade iniciou-se na Capoeira pelas mãos de Besouro, seu primo carnal. Além de seu primeiro mestre, Cobrinha Verde também bebeu da sabedoria de Maitá, Licurí, Joité, Dendê, Gasolina, Siri de Mangue, Doze Homens, Espiridião, Juvêncio Grosso, Espinho Remoso, Neco, Canário Pardo e Tonha. Foi 3° Sargento no antigo Quartel do CR em Campo Grande, tendo participado também da Revolução de 32 entre outras pelejas. Durante muitos anos ensinou em seu Centro Esportivo de Capoeira Angola Dois de Julho, com sede no Alto de Santa Cruz, s/ n°, no Nordeste de Amaralina.

____________________________________________



O MESTRE TRAÍRA







José Ramos Do Nascimento, Capoeira de fama na Bahia, marcou época e ganhou notabilidade ímpar na arte das Rasteiras e Cabeçadas. Nodisco fonográfico, produzido pela Editora Xauã, intitulado "Capoeira" - hoje uma das raridades mais preciosas para os estudiosos e adeptos desta Arte - tem presença marcante envolvendo a todos os ouvites. Sobre a beleza e periculosidade do seu jogo, assim se referiu Jorge Amado: "Traíra, um cabloco seco e de pouco falar, feito de músculos, grande mestre de capoeira. Vê-lo brincar é um verdadeiro prazer estético. Parece bailarino e só mesmo Pastinha pode competir com ele na beleza dos movimentos, na agilidade, na rigidez dos golpes. Quando Traíra não se encontrana Escola de Waldemar, está ali por perto, na Escola de Sete Molas, também na Liberdade". Mestre Traíra também teve importante participação no filme "Vadiação", de Alexandre Robatto Filho, produzido em 1954, junto aos outros grandes capoeiristas baianos como Curió, Nagé, Bimba, Waldemar, Caiçara, Crispim e outros

__________________________________________________




O MESTRE CANJIQUINHA








Washington Bruno da Silva - Mestre Canjiquinha, nasceu a 25 de setembro de 1925, em Salvador. Discípulo do Mestre Raimundo Aberre, natural de Santo Amaro da Purificação, Canjiquinha foi um dos capoeiras que mais visibilidade deu a sua arte, viajando por todo o Brasil em exibições e também atuando em muitos filmes.
A partir dos anos 60, quando a capoeira se tornou mais conhecida e divulgada no Brasil, a figura do Mestre Canjiquinha ganhou maior relevo. Sua academia tornou-se uma das principais agências de formação de novos capoeiristas como Paulo dos Anjos, Geni, Lua – que se tornaram mestres de outros e contribuídores para a expansão da capoeira em outros paises. São os responsáveis pela continuidade da herança de Canjiquinha. A este Mestre a capoeira deve uma serie de invenções sendo as mais conhecidas aquelas que ele introduziu nos toques e jogos : Muzenza, Samango, Samba de Angola e também das "Festas de Arromba", que ficaram famosas no largo da Bahia, onde vários capoeiristas se reuniam e jogavam Capoeira em troca de dinheiro ou bebida.
Canjiquinha era um capoeira jovem e ágil, fazendo com que se destaque entre os seus companheiros, porém o seu maior destaque era no canto e no toque. Cantava como bem poucos e com um repertório vastíssimo, inclusive com uma grande facilidade de improvisar e de todos era quem mais tinha contribuído para a adaptação de outros cânticos do folclore, à capoeira”


Washington Bruno da Silva, Filho de lavadeira foi sapateiro, entregador de marmita, mecanógrafo, goleiro do Ypiranga Esporte Clube, além de cantor de bolero.
Seu início na capoeira se deu em 1935.
O apelido Canjiquinha foi colocado por um amigo, Dalton Barros, devido ao samba-batuque de Roberto Martins, Canjiquinha Quente, o qual gostava de cantar.
Desde cedo Washington mostrou ter dom para a música. Cantava e improvisava como poucos e era também exímio tocador de berimbau e assim foi o que mais contribuiu para adaptação de cânticos da capoeira. Segundo seus amigos e discípulos, Canjiquinha era uma pessoa muito alegre, grande conhecedor do folclore brasileiro, chegando a contribuir para a divulgação da nossa cultura através de filmes, documentários e shows.
Atuou no cinema, como capoeirista, nos longas metragens: Os Bandeirantes, Barravento com direção de Glauber Rocha - Premiado no Festival de Karlovy Vary - Tchecoslováquia), O Pagador de Promessas (direção de Anselmo Duarte - Palma de Ouro em Cannes), Senhor dos Navegantes (direção de Aloísio de Carvalho), Samba e inúmeros curta metragens.

Sobre seu mestre Aberrê, dizia que não o colocou logo na roda. Primeiro o deixava de lado e ficava explicando as coisas, para depois levá-lo para a roda.

Mestre Canjiquinha era um capoeirista que gostava de jogar em vários toques: São Bento Grande de Angola, São Bento de Angola, Cavalaria, Samango, Jogo de Dentro, entre outros. Em sua opinião, o capoeirista tinha que saber jogar o que o berimbau estava tocando. "Se você sabe dançar tango, quando toca um bolero você tem que ficar sentado", afirmava o grande mestre.

Canjiquinha trabalhou muito em prol da capoeira, pesquisando, fazendo diversos shows e apresentações, participando de filmes e documentários. No dia 8 de novembro de 1994, devido a um enfarto fulminante, partiu deixando sua marca na história da capoeira.

_______________________________________________




 O MESTRE JOÃO PEQUENO








João Pereira dos Santos - Mestre João Pequeno. Aluno do Mestre Pastinha e um dos mais antigos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. Pela academia do Mestre João Pequeno, no Centro Histórico de Salvador, passaram alguns dos principais angoleiros da nova geração. É possível vê-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira.

Aluno do Mestre Pastinha e um dos mais antigos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. Pela academia do Mestre João Pequeno de Pastinha, no Centro Histórico de Salvador, passaram muitos angoleiros da nova geração. É possível vê-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira.

Academia de Capoeira Angola de Mestre João Pequeno Centro de Cultura Popular Forte de Santo Antônio - Santo Antônio além do Carmo Salvador - Bahia

___________________________________________



O MESTRE JOÃO GRANDE






João Oliveira dos Santos - Mestre João Grande. Um dos principais díscipulos do mestre Pastinha. Por mais de 40 anos o Mestre João Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele viajou para África, Europa e América do Norte, onde ensina atualmente, em sua academia na cidade de New York. De lá ele continua mantendo o intercâmbio com a Bahia e acompanhando a movimentação da Associação Brasileira de Capoeira Angola

Foi agraciado com o titulo Phd Honoris Causa. Um dos principais díscipulos do mestre Pastinha.

____________________________________________





O MESTRE CAIÇARA








Antônio Carlos Moraes - Mestre Caiçara. Uma das lendas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção. Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção.Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em agosto de 1997
Uma das lendas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção. Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em agosto de 1997

_____________________________________________




O MESTRE PAULO DOS ANJOS






José Paulo dos Anjos - Mestre Paulo dos Anjos, nasceu na cidade de Estância, Estado de Sergipe em 15 de agosto de 1936. Com cinco anos foi morar em Salvador, Bahia, na rua Ubaranas, onde pela primeira vez conheceu um capoeirista, Mestre Bimba. De lá, mudou-se para Matatu e mais tarde Quintas das Beatas, hoje Cosme de Farias, onde em 1950 conheceu Mestre Canjiquinha, em rodas de rua, com quem então resolveu iniciar-se na Capoeira. Jovem, de origem humilde, lutador por natureza, resolveu deixar a Capoeira para lutar boxe. Mas seu coração já pertencia à Capoeira, e após alguns anos de pugilismo retornou à Academia de Mestre Canjiquinha, onde formou-se em 1957, tornando-se um de seus maiores discípulos. Além da roda de seu Mestre, era assíduo frequentador das rodas de Largo e das rodas de Mestre Waldemar da Liberdade, uma das mais célebres e tradicionais rodas da época, frequentada pela nata da Capoeira de então. Ali, segundo ele, aprendeu muitas das mandingas e malícias que possuía, como, por exemplo, a perícia no jogo de "Panha a Laranja no Chão Tico-Tico", o jogo de dinheiro. Em 1972, mudou-se para o km 17 em Itapoã, onde, em 1975, fundou a Associação de Capoeira Anjos de Angola. Partiu então para São Paulo, onde ensinou por cinco anos, deixando vários discípulos por lá, retornando à Salvador no começo de 1980. Até seu falecimento, vivia e possuía uma academia em Salvador, no Bairro da Paz (antiga Malvinas). Juntamente com Mestre João Pequeno e Mestre João Grande, era um dos maiores e mais tradicionais Mestres da Velha Guarda da Capoeira Angola da Bahia, bastando sua figura para evidenciar tal fato. Seu canto, comparado somente ao de nomes como Mestre Waldemar, Caiçara e Canjiquinha, era o melhor convite para uma boa roda.
_____________________________________________



O MESTRE PARANÁ







Osvaldo Lisboa dos Santos, conhecido como Mestre Paraná, um dos maiores tocadores de berimbau de todos os tempos, nasceu em 1923, em Salvador-BA.
Angoleiro nato foi aluno do Mestre Antônio Corró, ex-escravo na Bahia, viajando por todo o Brasil mostrando a capoeira e o som inigualável do seu gunga, gravando um compacto duplo pela CBS (Capoeira-Mestre Paraná).
Grande difusor da nossa arte, Mestre Paraná, a convite de Mercedes Batista, foi a Portugal mostrar a capoeira do Brasil, participando do filme "O Pagador de Promessas" (direção de Anselmo Duarte - Palma de Ouro em Cannes) e foi o primeiro a tocar berimbau na orquestra sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Nos idos dos anos 50, fundou o Grupo de Capoeira "São Bento Pequeno", no qual constituí toda a formação do Grupo Muzenza.
No dia 7 de março de 1972, no IAPASE (Rio de Janeiro - RJ), vítima de um súbito colapso cardíaco, morreu cantando o grande angoleiro, deixando uma lacuna em nossa capoeiragem

_____________________________________________




O MESTRE LUA RASTA







Mestre Lua Rasta - Gilson Fernandes, nascido em Salvador em 1950. Treinou na Academia de Mestre Bimba e na Academia de Mestre Canjiquinha. Depois de passar pelo grupo folclórico Viva Bahia e pelo grupo de capoeira Senzala, no Rio.

De volta a Salvador se integra ao movimento soteropolitano de Capoeira Angola de rua, do qual é hoje a maior referência. É luthier e possui um ateliê no Pelourinho, onde podem ser encontrados os melhores instrumentos de percussão da Bahia.

O Mestre Lua é o responsavel pelas rodas rodas que ocorrem no Terreiro de Jusus.



HOJE O MESTRE LUA FAZ PARTE DO QUADRO DE MESTRES DA CASA DE TRADIÇÃO DA CAPOEIRA BAIANA A ABCA.

A ABCA foi criada em 1987 por mestres como João Pequeno, Paulo dos Anjos, Nô, Ferrerinha, Renê e Curió, dentre outros, com o objetivo de contribuir para a preservação dos fundamentos da capoeira tradicional baiana.

___________________________________________




O MESTRE NECO






Mestre Neco é Manoel Marcelo dos Santos, nascido em Salvador em 1950. Iniciou-se na capoeira com Mestre Canjiquinha em 1959, e desde 1970 dá aulas no Colégio Estadual Góes Calmon.

Compõe atualmente o conselho fiscal da ABCA e dirige o Grupo Cultural de Capoeira Angola Moçambique.




____________________________________________



O MESTRE NORONHA






1907-2007 – Centenário do Mestre Noronha. Apesar das controvérsias, quanto à data de seu nascimento de Daniel Coutinho, mais conhecido nas rodas de capoeira como Noronha.
Pra homenagea-lo, o Instituto Jair Moura (IJM), considerou a data do nascimento dele (1907), por ser a registrada no atestado de óbito, para celebrar em 2007 o ano do centenário de Noronha. Em conjunto com a família de Noronha, o Instituto, mais o Projeto Mandinga e o Ponto de Cultura Vadeia Menino Vadeia, realizou um evento que teve em sua programação: Cursos, Rodas e Exposições entre outras atividades.
Também na pauta dos acontecimentos se inclui a reedição dos manuscritos do Mestre Noronha e a comercialização de postais, cartazes e camisas alusivas ao acontecimento, cuja renda deverá se reverter à família do homenageado. No momento, como ponto de partida da programação, o Instituto Jair Moura esteve disponibilizando uma marca-selo, alusiva ao centenário que poderá ser impressa nas camisas dos grupos de capoeira. muitos Mestre ja aderiram essa marca.

____________________________________________




O MESTRE TOTONHO DE MARÉ







Antonio Laurindo das Neves, nasceu em 17 de setembro de 1894 na Ilha de Maré, localizada na Baía de Todos os Santos em Salvador. Filho de Manoel Gasparino Neves e de Margarida Neves, faleceu em 18 de outubro de 1974, aos 80 anos. Mestre Maré foi um dos fundadores da famosa Gengibirra ao lado de importantes figuras da Capoeira Angola como Mestres Noronha, Amorzinho, Aberrê, entre outros. Foi muito respeitado nas rodas de capoeira e costumava cantar uma quadra que indicava o lugar privilegiado que ocupava na capoeira angola. Mestre Maré utilizava a expressão “galanteria da capoeira” quando se referia aos antigos mestres da capoeira baiana.

como dizia o Mestre!!!

Quem quer saber do meu nome,
como foi dado foi na pia!
me chamo Maré sem medo,e sou da galantaria.

*O mestre se referia a pia batismal.

_____________________________________________



O MESTRE ANANIAS






Aos 80 anos, Mestre Ananias é a síntese da herança africana do povo brasileiro. Vive a Capoeira, o Samba e o Candomblé sem dissociá-los, esclarecendo no seu comportamento questões sobre a ancestralidade do nosso povo. Nascido no ano de 1924, em São Félix, região do Recôncavo Baiano cuja fertilidade cultural merece estudo aprofundado. Absorve o contexto no qual está imerso e na metade do século XX vem para São Paulo a convite de produtores do teatro paulistano. Trabalha com Plínio Marcos, Solano Trindade e outras personalidades, em todos os teatros da cidade. Em 1953, ano de sua chegada, Mestre Ananias funda a roda de capoeira mais tradicional de São Paulo, a Roda da Praça da República. Essa ganha força com a chegada de seus conterrâneos e nesse ínterim a capoeira exerce de fato um dos seus principais fundamentos, integrar à sociedade, classes desfavorecidas frente às imposições e preconceitos raciais e sociais.

____________________________________________



O MESTRE BOBÓ








Milton Santos, o Mestre Bobó, nasceu em Salvador em 25 de março de 1925. Iniciou-se na capoeira desde menino através de um negro chamado Benedito, carroceiro.

Fundou a Academia de Capoeira Angola Cinco Estrelas no ano de 1962. Após o afastamento do Mestre Pastinha do “19”’, no Pelourinho, o M. Pastinha, doente e praticamente sem visão, precisava de alguém para tocar a capoeira no novo espaço do “51”, também no Pelô.

Assim, José Luiz convidou Mestre Bobó, que para lá foi, dando seguimento ao trabalho por um bom tempo.

Ensinou a capoeira no Dique do Tororó por mais de 50 anos tendo formado grandes capoeiristas como Mestre Moa do Katendê e Mestre Lua de Bobó, os dois primeiros mestres formados.

Em 1985, o Mestre vai aos Estados Unidos passando por Los Angeles e em Nova York, para participar de um festival.


Participou de varias escolas de samba como: Diplomata de Amaralina, Apache Tororó e Juventude Garcia. Tambemteve sua participação em blocos carnavalescos, mostrando seu grande talento.

No início da década de noventa, após passar um período doente, Mestre Bobó falece na cidade de Salvador, aos 65 anos.


____________________________________________




O MESTRE BOLA SETE






José Luiz Oliveira, ou simplesmente Bola Sete, era apenas um garoto quando teve seu primeiro contato com essa arte secular. Atualmente trabalhando no Setor de Transporte, na Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, Luiz descobriu sua dedicação pela capoeira em 1968, ao conhecer um marinheiro, conhecido pelo apelido de Pessoa. "Ele era um capoeirista tradicional, que começou me ensinado num porão de um edifício, em um lugar pequeno e com pouca iluminação", explica.

Aos 19 anos, Bola Sete, que recebeu esse nome por treinar todo vestido de preto, conheceu o maior nome da Capoeira Angola na Bahia, tornando-se, então, aluno do lendário Mestre Pastinha. "Foram 13 anos ao lado desse grande Mestre", relembra. Em 1980, pouco antes da morte de Pastinha, Bola Sete conseguiu abrir sua primeira academia, dando continuidade ao trabalho do seu mestre.

Conselheiro da Associação Brasileira de Capoeira Angola, Bola Sete diz que os valores tradicionais dessa arte estão sendo esquecidos. "A capoeira praticada hoje não é autêntica, pois é feita apenas para impressionar com seus saltos acrobáticos e agressivos", argumenta. Para Bola Sete, a capoeira com seus movimentos lentos e cadenciados é uma terapia que pode ser praticada em qualquer idade. Seus exercícios fortalecem partes importantes do corpo, como o coração e os pulmões. " A humildade foi a maior lição que tive nesses 37 anos de Capoeira Angola", diz.

____________________________________________



O MESTRE CURIÓ







Jaime Martins dos Santos, discípulo de Pastinha nascido em 1939, continua ensinando e difundindo a capoeira angola.

"Capoeira é arte, dança, malícia, filosofia, malandragem, teatro, música coreografia e não violência. Só passa a ser perigosa na hora da dor…"

"Existem muitas partes da mandinga, existem a mandinga da magia negra e a mandinga da malícia do capoeirista, quando ele se diz realmente capoeirista . Mandinga é isso, é sagacidade, é você poder bater no adversário e não bater , você mostra que não bateu porque não quis."

"O aluno é reflexo do mestre e o mestre e reflexo do aluno"

"O aluno não compete com o mestre e o mestre que se respeita não compete com o aluno"

"Para mostrar que é bom o capoeirista não precisa bater"

"Morro e dou a minha alma pela capoeira"

"Meu pai sempre me ensinou que a gente não deve ensinar tudo o que sabe, porque senão, os alunos vão embora"

"Capoeirista é calmo. Divagar para o angoleiro ainda é pressa. Eu só tive pressa para nascer pois sou de sete meses."

"Tem pessoas que são grandonas, fortes, fazem três anos de capoeira e já se autodenominam mestres. Para alguns deles o avião é o que os forma como mestres, quando chegam a outro país dizem eu sou mestre e como ninguém lhes conhece, acreditam neles. Essas pessoas lesam a consciência da gente."

"Eu tenho 56 anos de capoeira e ainda não sei nada; meu pai tem 102 anos e ainda diz que não sabe. Tem "doutores" que tem 5 anos de capoeira e falam que já conhecem "as duas"."

______________________________________________



O MESTRE LEOPOLDINA

Demerval Lopes de Lacerda (12/02/1933 - 17/10/2007)






Mestre Leopoldina começou a aprender capoeira aos 18 anos, com o Quinzinho, um jovem malandro carioca, valente, temido e respeitado na região da Central do Brasil (RJ). Um ano depois, Quinzinho foi preso e assassinado na prisão. Leopoldina sumiu por uns tempos, e treinava sozinho, até que soube que Valdemar Santana, lutador bastante conhecido na época, trouxera da Bahia um capoeirista de nome Artur Emídio. Leopoldina foi apresentado a Artur, que o convidou para jogar. DIZIA O MESTRE: "Fui lá, meio envergonhado, e fiz aquilo que o finado Quinzinho tinha me ensinado.
No começo a coisa correu bem, mas aos poucos Artur começou a crescer, e era pernada por tudo que era lado, e percebi que ele era mais fera ainda que o Quinzinho". Foi assim que Leopoldina, aprendiz da capoeira carioca, foi apresentado à capoeira baiana.
Leopoldina continuou aprendendo com Mestre Artur Emídio, e hoje é considerado e muito respeitado, tanto por seu jogo quanto pela habilidade com o berimbau, e por suas composições, admiradas e cantadas em todo o Brasil.
É uma das maiores expressões da capoeira antiga, cheia de malandragem e mandinga. É dono de uma simpatia e um carisma enormes.


Hoje o Mestre Leopoldina não está mais entre nós. Partiu no dia 17 de outubro, em São José dos Campos, São Paulo.







Figura histórica da capoeira, preto retinto em seu terno branco, elegância pura. O próprio malandro carioca, com senha e cartão magnético abrindo portas do cais do porto à Cidade de Deus, de Santa Tereza ao Baixo Gávea.

Dizia ter sido contramestre de Zumbi no Quilombo dos Palmares, amante da princesa Isabel e chefe da guarda negra. quero ver desmentir?


Tinha seu jeito proprio de ser e que ficou eternizado, nas lembraças de cada um que o conhecerá.


_____________________________________________



O MESTRE BOCA RICA.







Manoel Silva, aluno de Pastinha, Mestre Boca Rica uma lenda viva dentro da capoeira, com 63 anos de idade, no qual 40 dedicados à capoeira, um dos poucos que ainda joga na roda de capoeira com esta idade. Ganhou este apelido do mestre Pastinha, que se baseou pelo uso de dentes de ouro em toda parte superior da boca, que na década de 60 era questão de status (hoje não utiliza mais a dentição por conselho medico).
Mestre que tem enorme preocupação com a bateria da capoeira e tenta orientar seus alunos e aqueles que tem a humildade de lhe perguntar sobre o assunto. Sendo considerado por todos um mestre “boa gente” daquele que sabe lidar com as pessoas, assim podendo expor seu conhecimento sem confrontar aqueles que divergem da sua opinião.
Mestre cantador, fazendo todos que o ouvem cantar emocionar-se, tendo por testemunho de diversas pessoas chegarem a chorar com suas Ladainhas bem cantadas, tem a capoeira como marca registrada na sua vida, viajando pelo mundo todo para falar e jogar capoeira.
Sendo hoje um dos diretores da A.B.C.A. (Associação Brasileira de Capoeira Angola), ele procura passar para aqueles que o tem atenção e seus alunos que a capoeira está perdendo sua originalidade, fica triste por aqueles que pensam ser capoeira Regional sem saber até porque foi dado este nome, muito menos os toques, instrumentos que acompanham cada toque. O Mestre Boca Rica também passou um período freqüentando a academia de Bimba assim podendo pegar todos os toques e as regras que Bimba incorporou a capoeira.
Atualmente, quando está em Salvador, procura comandar aulas em sua academia no Largo do Tanque, conseguida após sua transferência da academia no Forte de Santo Antonio onde deu aulas por muitos anos.



________________________________________________




O MESTRE NÔ.








Norival Moreira de Oliveira nasceu em Coroa, Itaparica, Salvador, Bahia, Brasil, no 22 Junho de 1945. Aos 7 anos, a família se transferiu para Maçaranduba, bairro popular da cidade baixa de Salvador não muito longe da igreja do Bonfim.
Os irmãos Nilton e Cutica, temidos capoeiristas de rua, foram os seus primeiros mestres, no bairro. Levavam o menino para as rodas de rua dos mestres velhos Pirró e Zeca. Nessas rodas só entrava quem fosse bom.
No decorrer do tempo, o jovem Nô pôde jogar e até começou a ensinar. Uma pessoa de boas ligações social, Tolentino Nicolau dos Santos, mais conhecido como Tutú, propiciou a estabilização do grupo numa academia. Mestre Nô fundou a academias Retintos, depois Orixás da Bahia, ainda existente sob a direção do mestre Dinelson. Em 1980, depois de ter-se mudado para a Boca do Rio, fundou a academia Palmares.
Ele tem ensinado para milhares de capoeiristas. É presidente fundador da Associação Brasileira Cultural de Capoeira Palmares. Hoje, Mestre Nô mora com a esposa, os filhos e netos no bairro da Boca do Rio, Salvador. Ensina em Pituba e Viaja por alguns meses cada ano, para lecionar em Nova Iorque.






___________________________________________




O MESTRE ARTHU EMIDIO / RJ









hoje no vigor de seus 79 anos de idade, que completou no dia 31, março de 2009, O Mestre Artur Emídio ainda é lenda viva da Capoeira, arte que conheceu em todas as suas dimensões. Foi aluno de mestre Paizinho, outro personagem lendário da região de Ilhéus e Itabuna. Estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde ajudou a introduzir a Capoeira e conheceu grande sucesso. Considerado o Mestre dos Mestres do Rio de Janeiro, foi escolhido como Patrono do Projeto Rio Comunidade capoeira.


Artur Emídio de Oliveira nasceu em Itabuna, sul da Bahia, em 31 de março de 1930.
Morava com os pais, fazendeiros, numa casa modesta da então "Rua Direita", no bairro do Pontalzinho.
Começou a praticar a Capoeira quando tinha apenas sete anos, com Mestre Paizinho, Teodoro Ramos, discípulo do Mestre Neném, de origem africana.
Paizinho às seis horas da manhã ia diariamente acordá-lo para treinar. O Mestre conta sobre essa época: "a prática da Capoeira era proibida. Treinava-se no alto dos morros, nas vielas, à noite e sempre escondido. Muitas foram as vezes que o meu Mestre foi preso. Mas no dia seguinte a fiança era paga, e ele saía. E, de noite, voltava a ensinar Capoeira, praticada por amor! É ... naquele tempo era assim: bastava gingar. Gingou ia preso! Mas já a praticavam comerciantes, estudantes, universitários, gente pobre e gente rica!"

Quando Arthur completou 15 anos de idade seu mestre faleceu.
Mestre Paizinho foi uma figura misterioza sobre a qual se criaram diversas histórias, inclusive sobre sua morte. Segundo Artur Emídio, ele morreu de "morte morrida", atacado por meningite, mas até hoje há quem se refira à sua morte "heróica". Há quem conte, que nas noites enluaradas de Itabuna e Ilhéus, que ele tentou voar do alto de um coqueiro utilizando folhas de palmeiras como asas, como fez Ícaro na Grécia Antiga. A experiência terminou na sua queda e morte.
Ainda adolescente, Artur Emídio deliciava platéias de circos e parques de diversões de Itabuna com programas de "luta livre", que se constituíam em demonstrações de habilidade nas artes marciais ainda pouca conhecidas e, principalmente, na arte da Capoeira.
Com 23 anos (1953) sai de Itabuna para São Paulo, a fim de lutar contra Edgar Duro, lutador de Luta Livre. E sagra-se vencedor!

Em 1954 vai ao Rio de Janeiro para lutar contra Hélio Gracie, lutador de Jiu-Jitsu. E o empate é o resultado da luta!
O Mestre Artur Emídio é o precursor da Capoeira do Rio de Janeiro.

Em 1955 se mudou para o Rio de Janeiro com sua família, naquela época segundo Mestre Artur a única capoeira que existia no Rio de Janeiro era do Mestre Sinhozinho, uma capoeira que não existia ritmo, não tinha berimbau, pandeiro, atabaque, somente tinha luta. Mestre Artur Emídio conta: "Na academia de Sinhozinho o que rolava era pancadaria e esse não era meu tipo de ensinar a capoeira".
Nesta época Sinhozinho e Artur foram convidados para fazer uma apresentação de capoeira no exército, os alunos de Sinhozinho entraram de sunga metendo soco um na cara do outro, um coisa horrivél longe das raízes da capoeira, já os alunos de Artur jogaram capoeira, foi um sucesso.
Nos ringues, enfrentou lutadores como: Rudolf Hermany, Robson Gracie, Carlos Coutinho (da Bahia), Carbono (do Rio) e Edgar Duro (de São Paulo). Enfrentou, com sucesso, alguns alunos do Mestre Bimba que cruzaram seu caminho.
Seu primeiro aluno foi Djalma Bandeira, companheiro de viagens ao exterior, com quem o Mestre se aprimorava na Capoeira. Foi um dos pioneiros na difusão internacional da Capoeira, realizada através de viagens a cerca de 20 países. Exibiu-se, também, para o ex-Presidente Getúlio Vargas, em Salvador: "... quando os berimbaus pararam, o ex-Presidente levantou-se e veio cumprimentar-me: 'parabéns rapaz. Esse é um esporte verdadeiramente brasileiro! E você sabe praticá-lo!', foi o que me disse então o ex-Presidente."
Foi um dos pioneiros na difusão internacional da Capoeira, realizada através de viagens a cerca de 20 países.
Artur Emídio formou muitos alunos entre eles os mestres: Celso (Engenho da Rainha), Mendonça (criador dos cordéis) , Paulo Gomes (falecido, fundador da ABRACAP), Vilela.

hoje uma artrose no joelho esquerdo o impossibilita de continuar jogando e ensinando Capoeira.
Continua, porém, em permanente contato com o Mundo da Capoeira e profere palestras sobre a Capoeira, seus fundamentos e sua História: "Mestre Bimba e Mestre Pastinha já morreram, mas eu não, quando eu puder voltarei a dar aula, tenho muita coisa para ensinar que nunca vi ninguém fazer."


___________________________________________




MESTRE NENEL / BA









Manoel Nascimento Machado, Mestre Nenel, nasceu em 26 de setembro de 1960, no bairro do Nordeste de Amaralina, cidade do Salvador, Bahia. É filho de Manoel dos Reis Machado, Mestre Bimba, o criador da Capoeira Regional, e de Berenice da Conceição Nascimento, D. Bena, mas foi criado pela yalorixá Alice Maria da Cruz, Mãe Alice.

Desde criança, levado por sua mãe de criação, frequentou o Centro de Cultura Física e Regional da Bahia, escola de capoeira do seu pai, localizada na Rua Francisco Muniz Barreto no1, Antiga Laranjeiras onde iniciou o seu aprendizado, se formou em 1967 na sede do bairro do Nordeste de Amaralina, juntamente com seu irmão Dermeval, Formiga, Luiz Anum, Bobó, Beto Chorão e Toinho. Uma turma só de meninos. Era o Mestre Bimba inaugurando uma nova prática social de capoeira como serviço educacional para crianças e adolescentes. Prática, hoje, bastante usual pelos mestres, considerada nobre e recomendada por instituições educacionais de vanguarda, tendo em vista a comprovada capacidade que ela possui de socializar e (re)socializar crianças e adolescentes.



_________________________________________




ESTES SÃO MESTRE QUE TAMBÉM SOMARAM E TEM SOMADO O CRESCIMENTO E FORTALECIMENTO DA NOSSA CAPOEIRA.


MESTRE ABERRÉ -  Antônio Raimundo / BA

I- ONÇA PRETA - GO

II- ROSENO - BA

III- CHICO TRÊS PEDAÇOS - BA

IV- ZÉ DE BROTAS - BA

V- SILVA BOI -BA

VI- DUDU - BA

VII - MESTRE ATENILO / BA


VIII - MESTRE BOLA SETE - José Luis de Oliveira / BA


IX - MESTRE BARBA BRANCA / BA


X - MESTRE CAMISA ROXA / BA


XI - MESTRE MARIO BOM CABRITO - Mário Rodrigues F. do Rosário /BA


XII - MESTRE MACUMBA / BA


XIII - MESTRE CEBOLINHA / BA


XIV - MESTRE BAMBA / BA


XV - MESTRE DECANIO / BA


XVI - MESTRE GILDO ALFINETE / BA


XVII - MESTRE LUA DE BOBÓ - Edvaldo Borges da Cruz / BA


XVIII - MESTRE MORAES - Pedro Moraes Trindade / BA


XIX - MESTRE ACORDEON - BA


XX - MESTRE PELÉ DA BOMBA - Natalicio Neves da Silva / BA


XXI - MESTRE CAMISA / RJ -


XXII - MESTRE ITAPOAN / BA


XXIII - MESTRE BURGUES / SC -


XXIV - MESTRE SUINO / GO -


XXV - MESTRE PEIXINHO / RJ


XXVI - MESTRE PATINHO / MA


XXVII - MESTRE MADEIRA / MA


XXVIII - MESTRE JACARÉ / MA


XXIX - MESTRE TONI VARGAS / RJ


XXX - MESTRE INDIO / MA


XXXI - MESTRE EUZAMOR / MA


XXXII - MESTRE CURIÓ / MA


XXX II - MESTRE VANIO / MA


XXXIII - MESTRE EVANDRO / MA


XXXIV - MESTRE NESTOR / RJ


XXXV - MESTRE RAMOS / RJ


XXXVI - MESTRE TUCANO PRETO / SP -


XXXVII - MESTRE PAULO MOLLA / PE -


XXXVIII -  MESTRE CATITU / SP -


XXXIX - MESTRE MILITAR - Carlos Adalberto A. Costa / MA


XL - MESTRE MAURÃO / SP -


XLI - MESTRE CHARM / GO -


XLII - MESTRE MIZINHO / MA -


XLII - MESTRE TUTUCA / MA


XLIV - MESTRE MARCO AURELIO / MA


XLV -MESTRE TÔNIO MATERIA / BA


XLVI - MESTRE TUCANO / RS


XLVII - MESTRE DÉA / CURITIBA

XLVIII - MESTRE TÔNIO MATERIA


_____________________________________________



NÃO PODEMOS DEIXAR DE LADO AS MULHERES QUE APESAR DE SER A MENORIA ATÉ A DÉCADA DE 40, TAMBÉM CONSTRUÍRAM A HISTORIA DA CAPOEIRA.











As mulheres começaram á ser vistas jogando a capoeira livremente, depois que ela tornou-se prática legal, a partir da década de quarenta. Muitos registro só demonstram a participação feminina, no coral e batendo palmas nas rodas, muito antes de sua legalização.

Mais mesmo antes de sua legalização algumas mulheres, entraram para a história da Capoeira, foi por ter sua participação efetiva, e suas famas de desordeiras como: Maria 12 homens, Rosa Palmeirão, Julia Fogareira, Maria Cabaço, Nega Didi, Maria Homem, Satanás, Maria Pára o Bonde e Calça Rala. Que foram tão marginalizadas quanto os homens, daquela época.

Não posso deixar de falar que Mestre Bimba, que também treinava suas filhas, mostrando que a participação da mulher, era regra geral, e tão antiga quanto a criação de sua 1ª academia em 1930. pois o mestre tambem dava aulas para muitas mulheres negras em seu quintal.


Hoje na Capoeira temos Alunas Graduadas, Monitoras, Instrutoras, Professoras, Mestranda e Mestras, que realizam Trabalhos no Brasil e no exterior de qualidade.
e participam de rodas mistas, mostrando sua capacidade e sua beleza nas rodas.

Diante disso, não há mais nenhum motivo para as mulheres se acharem, ou serem consideradas como “sexo frágil” ou menos aptas que os homens na pratica da Capoeira. E eu tomo a liberdade de relaciona-las:


MESTRA CIGANA / RJ

MESTRANDA EDNA - GRUPO ABADÁ CAPOIRA /

MESTRANDA JANJA -


MESTRA MARÁ - SÃO PAULO




MUITOS OUTROS MESTRE(A)S, MESTRANDO(A)S   QUE DEIXARAM DE TER SEU NOME CITADO AQUI POR EU NÃO CONHECER SEUS TRABALHOS, MAIS POSTAREI ASSIM QUE OS AMIGOS ENTRAREM EM CONTATO, ME REPASSANDO O NOME, E O SEU HISTÓRICO, ESTAREMOS POSTANDO.






CONTATO PARA FILIAÇÕES, CURSOS E PALESTRAS: 098 - 98862 - 2162   OU PELO E-MAIL: mestremilitar@hotmail.com / mestremilitarmaranhao@yahoo.com.br /  https://www.facebook.com/mestremilitar